martes, 16 de junio de 2009

A MITOLOGIA DOS PERSONAGENS INFANTIS

PAOLA BASSO MENNA ainda nos faz refletir em sua obra MÍDIA, IMAGINÁRIO DE CONSUMO E EDUCAÇÃO QUE:
“Estas corporações criam e veiculam
seus próprios mitos, seus ídolos e suas crenças, que representam verdades
inquestionáveis para fãs e adoradores, consumidores em potencial, não apenas de
seus produtos como também da mitologia propagada pela empresa. Verdades
mitificadas são saberes em evidência, discursos tidos como “certos”, aceitos sem
inquietações, dificilmente questionados pelo senso-comum. Rosa Fischer observa que
não apenas no Brasil, mas também em âmbito mundial, os meios de comunicação
constituem-se como lugares de circulação e legitimação de saberes dos mais variados
campos, de modo que, ao abordar a “condição da mídia como produtora de verdade”,
há a necessidade de uma análise que possa situar-nos nesse presente em que a
imagem, o fato de “ter aparecido na TV” ou ter merecido qualquer espaço nos jornais e
revistas configura poder, produz efeitos nas pessoas, constrói um tipo especial de
verdade.”

Aquilo que é transmitido em massa pelos meios de comunicação é mais fácil de ser aceito do que o produto que não tem propaganda. A água, o ar puro do campo e as frutas são incomparavelmente mais saudáveis do que qualquer bebida, ambiente ou alimento produzido pelos homens, só que, o que Deus fez não tem comerciais na televisão nem propaganda em veículos de multimídia, logo é razoável que as pessoas consumam muito mais produtos industrializados, e o pior, pagando muito mais caro. Os produtos industrializados são mais saudáveis que as frutas??? Lógico que não!!!! Mas cadê o marketing das coisas de Deus e da natureza???

Infelizmente um biscoito com a cara do Mickey atrai mais as crianças do que uma laranja que contém muitas vitaminas.


Produto industrializado tem propaganda, frutas, que é da natureza, não tem propagandas e são mais saudáveis.

miércoles, 3 de junio de 2009

DESENHOS ANIMADOS

“Fábricas de imaginário” é um terminologia utilizada por escritores como Kincheloe e Giroux para designar as grandes produtoras de filmes, como a Walt Disney Corporation, a Time Warner Entertainment Inc, entre outros. Tais figuras criadas por estas empresas povoam o imaginário infantil e até dos adultos, e cujo sub-produto é uma gama infinita de mercadorias com marcas registradas, criando um dos maiores negócios comerciais do mundo moderno. Gomes diz o seguinte sobre esta forma de comércio:

“O papel das figuras produzidas por corporações como
a Disney, a Warner e a Mattel, por exemplo, não diz
respeito somente a figuras atraentes e coloridas para
serem consumidas, mas também a posições e lugares
sociais representados por esses personagens.
No entanto, é através do consumo massivo e de uma
insistente aparição dessas figuras nos lugares mais
diversos que personagens como Mickey, Pernalonga
e Gasparzinho (para citar apenas alguns), independente
de nossas escolhas, passam a fazer parte de
nossas vidas. A observação de que a maior parte dos
produtos destinados às crianças estampa personagens
da indústria do entretenimento, sejam produtos
de higiene, como pastas-de-dente ou xampus, sejam
peças do vestuário, seja o material escolar, sejam
embalagens de alimentos (ou mesmo um desenho de
personagem da Disney impresso em um biscoito), faz
com que tenhamos de discutir o papel destas figuras
na construção de uma infância voltada para o consumo
de imagens.
(GOMES, Paola Basso Menna Barreto. Mídia, Imaginário de Consumo e
Educação. Educação & Sociedade, ano XXII, nº 74, abril/2001. Disponível
em : http://www.scielo.br/pdf/es/v22n74/a11v2274.pdf, acesso em: 21
fev. 2006.)



o MUNDO DA MAGIA E DA IMAGINAÇÃO, ONDE AS MENINAS SÃO PRINCESAS.

martes, 2 de junio de 2009

BABÁ ELETRÔNICA

. (2000) afirma: É justamente na cena doméstica onde o descentramento produzido pela televisão se torna verdadeira desordem cultural(...)a televisão curto-circuita os filtros da autoridade parental(... ) O seu uso, ao não depender de um complexo código de acesso, como o livro, expõe as crianças, desde que abrem os olhos, ao mundo antes velado dos adultos. (Barbero BARBERO, Jesús Martín. Nuevos Regímenes de Visualidad y Des-centramientos Culturales (apostila) Bogotá, Colômbia, 1998)




Comentado sobre o uso da TV na educação, Márcia Leite (dez/2000) diz o seguinte sobre o texto acima: “Os adultos perdem o controle do que seus filhos assistem na TV, mas mesmo assim continuam deixando-os diante da tela a maior parte do seu tempo livre. Porque ao mesmo tempo em que possibilita a "perda de controle" a TV controla o comportamento das crianças e jovens. Ela é uma babá eletrônica para todas as idades, com as vantagens de ser uma máquina, não cobrar salário nem encargos e ainda consumir pouca energia elétrica, considerando os benefícios que pode proporciona.”